quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Quintas em família - por Gisele Manhães


Olá mamães,

Hoje temos uma postagem pra lá de especial! Foi escrita por uma querida amiga e irmã em Cristo! Uma mulher segundo o coração de Deus, que eu admiro muitíssimo!!!

Pois bem, a Gisele faz uma espécie de diário onde ela registra situações especiais que acontecem com sua família. Gente, que ótima ideia não é mesmo!! A gente sempre acha que vai se lembrar de tudo depois... mas acabamos esquecendo. Eu escrevo algumas coisas num caderninho também, desde que estava grávida do Gabriel. Nem Gisele, nem eu conseguimos anotar tudinho, todos os dias. Claro, né! Mas as coisas mais importantes estão ali guardadinhas pra sempre.

Conversando com ela sobre o blog pedi que compartilhasse conosco alguma experiência ou reflexão. Ela então se lembrou do diário e mandou uma de suas anotações especiais.

E agora com vocês: Gisele, a mamãe do Ricardo e da Aninha!

Quintas em família

Rio de Janeiro, 29 de abril de 2013

Meus filhos estão em uma fase, digamos, desprendida de “papai” e “mamãe”. O menino com 11 e a menina com 9 preferem brincar com os amiguinhos a ficarem com a gente.

As tarefas de casa são feitas ligeiramente com o intuito de descer para brincar no play. Isso é bom e faz parte do desenvolvimento.  Eles estão em busca de uma certa independência. E, como são muito estudiosos e responsáveis, merecem um momento de lazer saudável.

O condomínio tem muito espaço e muita criança. É tudo muito convidativo...   Mas, às vezes, a secura é tão grande que mal eu chego em casa, com muitas saudades deles, eles se aproximam e dizem a frase: “Podemos descer?” Eu chego e eles saem...É mole???

Por isso, institui as “Quintas em Família”. Nesses dias, eles já sabem que não poderão descer, pois nós vamos passar tempo juntos. Pode ser vendo um filme com pipoca, brincando com jogos de tabuleiro, desenhando ou fazendo, sei lá, uma receita de bolo ou pizza, ou até uma sessão de fotos...

Numa dessas quintas, nosso jogo de tabuleiro estava tão divertido (jogamos Pizza Maluca), que, num determinado momento, minha filha atendeu o interfone - que não parava de tocar com convites tentadores – e declarou entre gargalhadas: “Não posso descer hoje!” Ao que o amiguinho deve ter perguntado: “Por que não?”. Aí, então, ela respondeu: “Estamos nos divertindo em família!!”

Família é tão bom!! Como é bom nos divertirmos em família!!!

Que lindo texto e que ótima solução para quem já está com os filhos maiorzinhos, cheios de atividades e ocupações: instituir um dia da família!

Muito obrigada Gisele! Você é sempre bem-vinda com seus textos e sugestões tão preciosos!

Um beijinho,

Da mamãe
do Gabriel e da Alice 

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Simão e sua família


Olá mamães,

Escrevi a história abaixo baseada nos relatos dos evangelhos, mas também usei um pouquinho da minha imaginação para descrever a forma como acredito que os fatos tenham acontecido.

Espero que abençoe a vida de vocês.

Simão voltava de seu trabalho no campo. Sua esposa e seus filhos, ainda bem jovens, dependiam do seu esforço para prover o sustento de seu lar. Ao se aproximar da cidade viu que tudo estava caótico: pessoas enfurecidas gritavam palavras ofensivas, guardas riam alto contando piadas grosseiras, um grupo mais afastado de homens pareciam muito assustados, algumas mulheres choravam inconsoláveis.

De repente ele percebeu do que se tratava: o cortejo dos condenados à morte na cruz. Três homens seguiam curvados, levando às costas seu instrumento de tortura.

Entre eles estava alguém que Simão já vira antes. “Não é este Jesus de Nazaré?”, pensou.  Sim, era ele mesmo. O homem que curara tantas pessoas, ressuscitara outras, multiplicara os pães e peixes. Muitos desses milagres Simão presenciara, outros tinha ouvido de quem esteve perto. Aliás, nos últimos três anos só se falava sobre o novo profeta que dizia ser o Filho de Deus. “Seria verdade? Seria Ele o Redentor que tanto aguardamos?” era o que todos se perguntavam.

Mas agora Simão contemplava atônito o mesmo Jesus que ajudara, curara e ensinara a tantas pessoas, sendo levado como criminoso para o monte do Calvário, o lugar da execução.

Resolveu acompanhar mais de perto. Viu a hora em que Jesus caiu sob o peso da cruz. Os guardas o levantaram de forma rude. Retiraram de suas costas a cruz e olharam diretamente para Simão. “Você, venha aqui imediatamente! Carregue isso!”

Simão não teve escolha. Se tivesse, jamais teria participado da tortura e morte de outro ser humano, especialmente de alguém como Jesus, um homem tão bom, um mestre tão sábio.

Andando bem próximo dos condenados, Simão pôde ver as feridas nas costas, na cabeça, no rosto de Jesus. Percebeu que ele estava muito enfraquecido. Em dado momento seus olhos se encontraram com os de Jesus. Então, ele viu no olhar do mestre algo mais que dor e sofrimento, viu amor. Amor pela multidão que gritava, pelos guardas debochados e cruéis, amor pelas mulheres que choravam, pelos homens assustados, amor por Simão, que levava a cruz onde ele seria pregado.



Ao chegar ao Calvário os guardas retiraram das costas de Simão a cruz pesada. Seguiram com os procedimentos para a crucificação. Simão ficou ali, assistindo a tudo com uma tristeza profunda, que doía muito mais que seus ombros machucados pelo peso que carregara.



Ao chegar em casa seu semblante mostrava que aquele não tinha sido um dia como outro. Sua esposa e seus filhos quiseram saber o que aconteceu e Simão lhes contou. Contou que vira um cortejo de crucificação. Contou da multidão, dos guardas, das mulheres que choravam, dos homens assustados. Contou que um dos condenados era Jesus de Nazaré. Contou sobre o peso da cruz que fora obrigado a carregar. Contou das feridas de Jesus, do cansaço que ele demonstrava, da fraqueza ante a tortura, do seu olhar... do amor no seu olhar.



Alguns dias depois, uma notícia começa a correr a cidade. O corpo de Jesus não estava mais no túmulo. Várias pessoas testemunham tê-lo visto vivo. Os discípulos afirmam que falaram e até comeram com Ele! Simão e sua família, assim como centenas de pessoas tiveram o grande privilégio de também ver Jesus ressuscitado!

A família de Simão nunca mais foi a mesma. Aquele que eles imaginavam ser um profeta, um grande mestre, um homem tão bondoso, tornou-se muito mais. Tornou-se o Senhor e Salvador de cada um deles.  O relato vívido de Simão sobre o que presenciou no cortejo até a cruz ficou gravado profundamente nos corações de seus filhos e sua esposa. A ressurreição de Jesus trouxe para essa família uma esperança e alegria indescritíveis.

Muito tempo se passou, Simão envelheceu e foi encontrar com o Senhor na Glória. Sua esposa e filhos continuaram firmes na caminhada com o Salvador. Muitas vezes quando estavam juntos relembravam aquele dia em que seu pai chegara tão abatido e lhes contara sobre a crucificação de Jesus.

Continuaram perseverando na fé e servindo à igreja do Senhor. Quando o apóstolo Paulo esteve na cidade em que moravam, cuidaram dele como se fosse parte da família. O próprio Paulo sentia-se assim, como irmão de Rufo e Alexandre e filho desta amável senhora chamando-a de mãe.

Comecei a imaginar essa história ao me atentar que em Romanos 16:13 Paulo estava se referindo à esposa e a um dos filhos de Simão, o cireneu.  Acredito mesmo que essa família foi tremendamente impactada pela experiência vivida tão de perto pelo pai.

Vale a pena refletir o quanto as nossas experiências com Jesus impactam nossos filhos. Vamos lembrar de conversar com eles sobre o que aprendemos com nossa leitura da Bíblia, sobre as respostas das nossas orações, sobre nossa conversão. Só o tempo nos mostrará o impacto que essas conversas farão na vida de nossos pequeninos, mas creio que serão enormes!

Um beijinho,

Da mamãe
do Gabriel e da Alice

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Avivamento no lar


Olá mamães,

Ultimamente, tenho pedido sabedoria ao Senhor para administrar melhor meu tempo a fim de orar mais todos os dias. Tenho testado horários diferentes para avaliar em qual deles consigo me concentrar melhor e conversar com nosso Pai querido.

Para isso acho importante também pedir a direção do Espírito Santo sobre os motivos sobre os quais clamar (Romanos 8:26). Já perceberam que temos a tendência de sermos egoístas até em nossas orações!! Se não tomarmos cuidado passamos todo o tempo de oração falando de nós mesmas, nossos filhos, marido, problemas financeiros... e esquecemos do restante do mundo inteiro!

E um dos motivos pelo qual tenho orado é por um avivamento na Igreja do Senhor, especialmente no Brasil, onde os evangélicos tanto crescem numericamente, mas não fazemos diferença nenhuma e a sociedade como um todo só vai de mal a pior. Aliás, essa é a realidade em todo o Ocidente. Cristãos nominais que não leem a Bíblia, não oram e participam cada vez menos dos cultos em suas igrejas.


Aí, orando e refletindo sobre a necessidade de um avivamento, me deparei com uma história linda, mas linda demais, e que tem tudo a ver com o tema desse blog:


“...conta a história do pregador inglês Richard Baxter. Durante três anos este homem altamente capacitado por Deus pregou de todo o seu coração, mas sem resultados visíveis. Finalmente, Baxter clamou a Deus: "Senhor, faz algo por este povo ou então eu morro." Conforme relato do próprio pregador, foi como se Deus tivesse respondido em voz bem alta e recomendado a ele: "Baxter, você está trabalhando no lugar errado. Está esperando que o avivamento venha através da igreja. Tente pelo lar." Baxter começou a visitar os lares, (...), até que o Espírito Santo ateou fogo naquela congregação e fez dela uma igreja forte.”


Em outros lugares encontrei mais referências sobre o ministério de Richard Baxter na cidade de Kidderminster,  na Inglaterra, onde foi pastor de 1647 a 1661. Creio ser essa a mesma cidade que a passagem acima menciona.


Alguns fatos:


- Havia aproximadamente dois mil habitantes adultos, e, ao que parece, quase todos se converteram sob o ministério de Richard Baxter.


- Ele os encontrara como “um povo ignorante, rude e libertino, em sua maior parte... e praticamente nunca tinham ouvido uma pregação séria entre eles”.


- Ele relatou “quando ali cheguei pela primeira vez, havia cerca de uma família em cada rua que adorava a Deus e invocava o seu nome;”


- “Quando saí dali, em algumas ruas, em quaisquer de seus lados, não havia uma única família que não O louvasse, ou que, por meio de sua piedade professa e séria, não nos desse esperança de sua sinceridade.”


- “No dia do Senhor não se via qualquer desordem nas ruas, mas podia-se ouvir uma centena de famílias entoando salmos e repetindo sermões, quando passava pelas ruas.”

- “Baxter instituiu o culto doméstico diário, e o lar se tornou o lugar onde Deus era adorado, onde os membros da família eram respeitados como santos e onde a Palavra de Deus era continuamente ouvida e difundida. O que aconteceu neste período foi uma obra da graça tão profunda e potente como o “grande despertamento” ocorrido na Inglaterra e nos Estados Unidos, um século depois!”


Que coisa maravilhosa não é mesmo!!!


Sabe, às vezes parece algo distante pedir por um avivamento em nosso país e até em nossa igreja. Mas quando começamos a orar por um avivamento em nossos lares, em nossas vidas, de nossos maridos e filhos, isso se torna mais real, mais concreto.


Se cada lar cristão - começando pelo meu e pelo de vocês que estão aí lendo nesse minuto – estiver realmente comprometido com o Senhor e com Sua Palavra, com certeza haverá um avivamento poderoso em nossas igrejas. Afinal, as igrejas são as famílias reunidas!


Vamos começar hoje mesmo a orar: “Senhor, aviva o meu lar!”


Vocês estão sentindo a importância dessa oração? A responsabilidade que temos como mães e esposas? Conseguem também sonhar com os resultados?


- Nossos vizinhos percebendo a influência do Senhor Jesus nas nossas vidas, na forma como nos tratamos,


- nossos parentes e amigos mais chegados percebendo o perfume de Cristo em nossas casas (II Coríntios 2:14),


- os colegas de escola de nossos filhos e seus pais notando a diferença da nossa família, não porque sejamos melhores ou por não termos problemas, mas porque verdadeiramente buscamos e servimos ao Senhor (Josué24:15)!!


É muito sonhar com a cena descrita sobre aquela pequena cidade da Inglaterra?


Bem, se cremos que para o Senhor nada é impossível, então sonhemos que, em algum domingo próximo, os moradores de nossos prédios lotarão os elevadores bem cedo, todos com suas Bíblias nas mãos, nas ruas de nossas cidades louvores ao invés de palavrões, gentileza ao invés de discussão, bares vazios e igrejas cheias!!!!

Ah! Senhor, aviva o meu lar, precisamos de Ti.
Perdoa nossos pecados, transforma as nossas vidas!
Que sejamos bondosos e atenciosos uns com os outros e que nos perdoemos como o Senhor, através de Jesus, nos perdoou. (Efésios 4:32).
Que em nossa casa façamos tudo sem queixas ou reclamações para que sejamos irrepreensíveis e sinceros e brilhemos no meio da nossa geração tão corrompida e que carece tanto de Ti. (Filipenses 2:14,15)
Em nome de Jesus, Amém.


Um beijinho,
Da mamãe
do Gabriel e da Alice